O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, defendeu nesta quinta-feira (3), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, que empresas sejam proibidas de doar dinheiro para campanhas eleitorais. A matéria está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro do STF disse que, na maioria das vezes, as doações de pessoas jurídicas se dão, não por altruísmo, mas para atender interesses privados que geram promiscuidade entre o particular e o político.
"Essa doação não se faz por ideologia, por altruísmo,(...) mas visando posteriormente contraprestração. Daí a promiscuidade do político", afirmou.
Mello disse ainda que a medida afronta a Constituição Federal no que se refere ao direito do eleitor de participar do pleito em igualdade de condições.
O ministro do STF é a favor que a regra passe a vigorar já na eleição deste ano, mas admite o risco de o texto ser votado depois de outubro. Ontem, o ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo. Até agora, seis ministros do STF, de um total de 11, votaram contra a doação de empresas para campanhas eleitorais.
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