O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre protocolou na EPTC pedido de reajuste de 15,80% na tarifa do transporte coletivo municipal. Caso seja aprovado, a passagem passará dos atuais R$ 2,85 centavos, para R$ 3,30. O presidente do Seopa afirma que o índice leva em conta diversos custos do transporte, como óleo diesel, carroceria, chassi e o dissídio dos rodoviários. Ênio dos Reis alerta, no entanto, que o principal motivo para alcançar esse índice que é um dos maiores solicitados nos últimos anos é a segunda passagem gratuita.
"Hoje, mais de quatro milhões de pessoas por mês usam a integração zero. Isso fez com que caísse o índice de passageiros por quilômetro. Menos pessoas passaram a pagar a passagem¿.
O número de isenções foi recorde no último ano, atingindo 33%. Ênio dos Reis admite que os empresários não esperavam um impacto tão negativo com a segunda tarifa gratuita.
"Nós esperávamos que com essa tarifa zero, poderia haver uma recuperação de demanda. Mas não houve. O que houve foi um aumento dessas isenções"
O presidente da EPTC adianta que o pedido de reajuste das empresas não será avaliado até que o Tribunal de Contas do Estado tenha uma posição final em processo que trata da forma de reajuste da tarifa. Vanderlei Capellari admite que o número de isenções precisa ser revisado, mas adianta que não haverá qualquer mudança na segunda passagem gratuita.
"A segunda passagem gratuita é um direito fundamental para o usuário do transporte coletivo. Então, nós vamos trabalhar pra reduzir esse volume de gratuidades para que a gente possa diminuir esse impacto sobre a tarifa"
Um grupo de trabalho foi criado na EPTC para revisar todas as isenções nos ônibus de Porto Alegre. A segunda passagem gratuita foi implantada em julho de 2011. Para passar a valer a nova tarifa, é preciso aprovação do Conselho Municipal de Transporte Urbano e sanção do prefeito José Fortunati.
Gaúcha
Empresas de ônibus reivindicam aumento de mais de 15% na passagem de Porto Alegre
Elevado número de isenções seria o principal motivo para o índice elevado
Eduardo Matos
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