A União Europeia pode afrouxar as sanções impostas à Síria, mas exigirá que haja uma transição política capaz de refletir "toda a diversidade do país", afirmou a alta representante do bloco para assuntos estrangeiros, Kaja Kallas.
"Hoje em Riad, vou me reunir com ministros de Relações Exteriores dos países do Golfo (Pérsico), do Oriente Médio e da Europa sobre a transição desde a queda do regime de (Bashar al) Assad", disse ela em uma publicação no X, ressaltando que o ministro de Relações Exteriores da Síria, Hassan al-Shibani, também participará do encontro. "Vamos avaliar como amenizar as sanções", acrescentou.
A União Europeia suspendeu toda a cooperação bilateral com a Síria em maio de 2011, em resposta a violações de direitos humanos cometidas pelo governo de Assad em operações de repressão a manifestantes contrários ao regime.
As sanções econômicas vieram posteriormente, e incluem proibições à importação de petróleo e derivados produzidos na Síria, à venda de produtos que possam ser usados ou transformados em armas de repressão contra a população e a imposição de barreiras a investimentos.
No final do ano passado, porém, o governo de Assad foi derrubado por forças lideradas pelo Hayat Tahrir al-Sham. O grupo começou como uma ramificação da Al Qaeda, embora mais tarde tenha cortado esses laços, e afirmou repetidamente que trataria todos os sírios de forma igual. Há receios, porém, de que possa renegar essas promessas, uma vez assegurada a aprovação internacional ao novo regime.