
O presidente da frança, Emmanuel Macron discursou no Museu do Louvre em Paris, nesta terça-feira (28), após diretor do museu, Laurence des Cars, enviar um memorando para a ministra da cultura francês, Rachida Dati. O documento, que foi vazado para a mídia na quinta-feira (23), alerta sobre reparos urgentes necessários no museu de Paris. As informações são do jornal britânico The Guardian.
Na visita ao Louvre, Macron recebeu a imprensa em frente à pintura mais famosa do mundo, a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Ele falou sobre a necessidade de investir no Louvre após relatos recentes sobre os problemas enfrentados pelos visitantes.
O presidente anunciou um plano de renovação, chamado de "novo renascimento", para criar um “redesenhado, restaurado e ampliado Louvre,” que Macron quer tornar "o epicentro da história da arte do nosso país e além."
"Este museu faz parte da narrativa nacional,… mas também faz parte da mensagem que a França quer transmitir ao mundo" disse o presidente francês.
Macron não falou em números, mas agências de notícias apontam que o valor pode chegar em centenas de milhões de euros.
Mona Lisa de mudança
Parte do plano envolve mover a Mona Lisa para um espaço próprio, e criando uma nova entrada, "no mais tardar", até 2031.
O presidente disse que a mudança irá “reequilibrar a forma de visitar” o museu e “reabri-lo, devolvê-lo aos parisienses em termos de acesso”, com novos planos de requalificação da área ao redor do local.
Hoje, La Joconde, como é conhecida a Mona Lisa em francês, está exposta na Salle des États, a Sala do Estado do Louvre, a maior do museu, protegida por uma vitrine de vidro. No entanto, a obra-prima de Leonardo da Vinci não está sozinha ali.
Ela divide o espaço com trabalhos de mestres venezianos do século XVI, enquanto, do outro lado da sala, está pendurada a maior pintura do Louvre: As Bodas de Caná, do artista Paolo Veronese.
Preços diferentes
Em um anúncios menos popular, o presidente falou sobre o plano de aplicar preços diferentes para visitantes de dentro e fora da União Europeia. Ele disse à ministra da Cultura, Rachina Dati, para “preparar preços mais elevados e diferenciados para visitantes estrangeiros de países fora da UE” a partir de 2026.
A nova medida será uma das múltiplas fontes de financiamento para a renovação, incluindo contribuições adicionais de recursos próprios do museu, vendas de bilhetes e parcerias, bem como receitas provenientes da licença do Louvre Abu Dhabi.
O “novo Louvre” terá capacidade para receber até 12 milhões de visitantes, contra pouco menos de 9 milhões atualmente.