Um russo, preso por ter organizado viagens para pessoas LGBTQIAPN+, foi encontrado morto enquanto estava detido, informaram neste domingo (29) um grupo de direitos humanos e veículos de comunicação estatais russos.
Andrei Kotov, diretor da agência de viagens Men Travel, havia sido acusado no mês passado de "atividades extremistas", em um país cujo Supremo Tribunal proibiu o que chama de "movimento LGBT internacional" no final de 2023.
Segundo a ONG de direitos humanos OVD-Info, que citou o advogado de Kotov, os investigadores afirmaram que o detido se suicidou na madrugada deste domingo, enquanto estava em prisão provisória.
Segundo a organização, Kotov, de 40 anos, afirmou ter sido espancado durante sua prisão no mês passado.
A agência de notícias estatal russa RIA Novosti também disse que Kotov cometeu suicídio na prisão.
Nos últimos anos, a Rússia endureceu a sua legislação contra as pessoas LGBTQIAPN+, enquanto o presidente Vladimir Putin redobrou as suas críticas ao estilo de vida dos países ocidentais, cujos valores considera "decadentes".
* AFP
