Um tribunal chileno ordenou que um membro da equipe de segurança do presidente vietnamita acusado de abuso sexual deixasse o país sul-americano, ao qual não poderá retornar por dois anos.
O guarda-costas do presidente vietnamita, Luong Cuong, que chegou ao Chile no último sábado em uma visita oficial, foi preso na noite de domingo depois que uma queixa de abuso sexual contra ele foi apresentada, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Chile.
No entanto, quando o vietnamita acusado foi levado a um tribunal na tarde de segunda-feira, foi acordado que ele teria permissão para deixar o país e seria proibido de retornar por dois anos.
O acordo, que foi aceito pela vítima, de nacionalidade chilena, é "um evento único" e não envolve "risco para a vítima", explicou o promotor Felix Rojas.
Na lei chilena, "o crime de abuso sexual permite, em certas ocasiões, a proposta de soluções alternativas", disse Rojas.
O presidente vietnamita fez uma visita oficial ao Chile antes de viajar a Lima para a cúpula de líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).
No âmbito dessa visita, e quando a prisão do guarda-costas já havia sido noticiada, o presidente chileno, Gabriel Boric, recebeu Luong Cuong no palácio La Moneda, no centro de Santiago.
Essa situação "não interferiu no relacionamento que existe entre o Chile e o Vietnã", disse o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren.
"Recebi as desculpas do ministro das Relações Exteriores do Vietnã em relação a esse incidente lamentável e o Vietnã ofereceu toda a cooperação para esclarecer esse caso", enfatizou o ministro chileno.
* AFP