Dez pessoas morreram no Panamá devido às tempestades que nos últimos dez dias deixaram mais de 100 milhões de dólares (578,7 milhões de reais) em perdas devido às inundações e ao colapso de infraestruturas, informou o presidente, José Raúl Mulino, nesta quinta-feira (14).
As áreas mais afetadas são as províncias ocidentais de Chiriquí, na fronteira com a Costa Rica, Veraguas e a região indígena Ngäbe Buglé, devido às fortes chuvas que duram mais de 10 dias.
Na sua coletiva de imprensa semanal, Mulino indicou que a tempestade provocou cinco mortos, mas foi imediatamente corrigido pelo diretor do Serviço Nacional de Proteção Civil (Sinaproc), Omar Smith, que especificou que os mortos foram 10.
"O que me preocupa são vidas humanas, já acho que temos cinco (mortos). Quantos? Já 10? Imagina", disse Mulino.
No ano passado, o Panamá sofreu uma seca que levou à redução do trânsito no canal interoceânico, que opera com água doce, mas a situação se normalizou este ano com a estação chuvosa, abundante desde maio.
O presidente anunciou que o governo declarará estado de emergência nas áreas afetadas, onde as chuvas transbordaram rios, danificaram casas e causaram deslizamentos de terra, o colapso de algumas estradas e a perda de colheitas.
"Com base nos relatórios que recebi, os danos são extensos", disse Mulino.
O aeroporto de David permaneceu temporariamente fechado. Segundo Mulino, a Rodovia Interamericana também "sofreu um duro golpe".
O presidente garantiu que no conselho de gabinete de terça-feira as perdas foram estimadas em "100 milhões de dólares", mas agora "deve ser mais com os danos ocorridos ontem (quarta-feira) em estradas importantes do país".
O Sinaproc alertou nesta quinta-feira que como efeito indireto do ciclone tropical 19 no Caribe, juntamente com a incursão de massas de ar úmido no Pacífico, haverá um aumento significativo de chuvas e trovoadas no país durante os próximos três dias.
* AFP