A Rússia se apressou em oferecer ajuda para Cuba, que foi castigada por dois potentes furacões em menos de três semanas e enfrenta uma emergência energética devido à deterioração de sua infraestrutura de geração de eletricidade e à escassez de combustível.
O ministro russo de Emergências, Alexander Kurenkov, que realiza uma visita de dois dias à ilha, manteve conversas com lideranças no Ministério do Interior cubano e visitou a "Unidade Especial de Salvamento do Corpo de Bombeiros" para entregar doações, informou a representação russa em sua conta no X nesta quarta-feira (13).
O vice-presidente do governo da Rússia, Dmitri N. Chernyshenko, também visitou Cuba na sexta-feira, quando foi anunciado um crédito de 60 milhões de dólares (R$ 346,2 milhões) a Cuba para compra de combustíveis.
O governo russo também fez uma doação de 2 milhões de dólares (R$ 11,5 milhões) para a aquisição de peças e componentes necessários à recuperação do Sistema Elétrico Nacional, informaram meios locais.
Por sua vez, o jornal oficial anunciou nesta quarta-feira a inauguração de um centro para "formar pessoal altamente qualificado no setor energético" entre a Universidade Nacional de Pesquisa Instituto Energético de Moscou e a empresa cubana União Elétrica.
Este centro faz parte da "rota estratégica" que os dois países estabeleceram como parte da aliança política que Havana e Moscou revitalizaram nos últimos dois anos.
A visita de Kurenkov ocorre enquanto Cuba ainda trabalha a todo vapor para restabelecer a eletricidade nas localidades mais afetadas pelo ciclone Rafael, que atingiu o oeste da ilha com a força de um furacão de categoria 3, apenas duas semanas depois de o fenômeno Oscar ter causado a morte de oito pessoas e destruído áreas no leste do país.
Os dois furacões ocorreram no contexto de apagões colossais que afetaram por vários dias os 10 milhões de habitantes da ilha, que enfrenta sua pior crise econômica em três décadas, com escassez de alimentos, medicamentos e combustível.
Diversas delegações oficiais e empresariais da Rússia realizaram várias visitas nos últimos dois anos para impulsionar projetos de investimento em Cuba, cuja relação é considerada "estratégica" pelo presidente russo, Vladimir Putin.
* AFP