O chefe de segurança do estado mexicano de Guerrero foi acusado, nesta quarta-feira (13), pelo assassinato e a decapitação de um prefeito, informaram as autoridades, que o investigam por supostos vínculos com narcotraficantes.
Germán Reyes, um militar reformado que era o titular de Segurança de Guerrero, foi preso na terça-feira acusado de ser o principal responsável pela morte de Alejandro Arcos, prefeito da capital do estado, Chilpancingo, e que foi decapitado no dia 6 de outubro.
Em uma audiência pública, o Ministério Público o acusou de fazer parte do grupo criminoso Los Ardillos e de assassinar o prefeito porque este se recusou a nomear funcionários que a célula criminosa queria impor, constatou um jornalista da AFP.
Los Ardillos é uma das gangues que operam no estado de Guerrero, controlando a venda de drogas, além de se dedicar ao sequestro e à extorsão.
Reyes negou as acusações e afirmou que nunca conheceu o prefeito. Ele também afirma que é "um bode expiatório" e considera que seu caso é "uma questão política".
De acordo com os dados apresentados pelo Ministério Público, Arcos foi decapitado vivo e morreu por uma "hemorragia massiva". Sua cabeça foi colocada em cima de um veículo.
Guerrero, com uma vasta cordilheira e costas sobre o Pacífico, vive uma escalada de violência devido aos conflitos entre gangues que disputam o controle do tráfico de drogas e de outras atividades criminosas.
Há uma semana, foram encontrados os corpos esquartejados de 11 pessoas de um grupo de 17 que estavam desaparecidas desde outubro passado e que, segundo as autoridades, foram sequestradas pela gangue Los Ardillos.
No início de novembro, uma milícia armada assassinou cinco membros de uma mesma família em uma casa em uma área humilde na periferia do popular balneário de Acapulco.
Enquanto isso, em 24 de outubro, um confronto entre supostos criminosos e militares no município de Técpan de Galeana deixou 14 civis mortos, os quais haviam assassinado anteriormente dois policiais.
O México acumula mais de 450 mil mortes violentas e dezenas de milhares de desaparecimentos desde dezembro de 2006, quando foi lançada uma polêmica operação militar antidrogas, segundo dados oficiais.
* AFP