A Itália anunciou, nesta sexta-feira (8), que levou oito novos migrantes para a Albânia como parte de seu polêmico acordo com o país para terceirizar os pedidos de asilo, que já foi censurado pelo judiciário italiano.
Um barco de patrulha da Marinha nacional chegou na manhã de sexta-feira ao porto de Shengjin, transportando oito pessoas resgatadas no Mediterrâneo, disse o Ministério do Interior à AFP.
Os migrantes, seis do Egito e dois de Bangladesh, serão levados ao centro de detenção de Gjader, em uma antiga base militar, para o rápido processamento das solicitações de asilo.
Essa nova tentativa ocorre quase um mês depois que 12 migrantes levados para a Albânia sob esse acordo foram devolvidos à Itália, depois que um tribunal italiano decidiu que o procedimento não estava de acordo com a legislação europeia.
A corte invocou uma recente sentença do Tribunal da Justiça da União Europeia (TJUE), segundo a qual os países do bloco não podem designar um país inteiro como seguro se algumas regiões dele não o forem.
Para contornar esse obstáculo, o governo ultraconservador de Giorgia Meloni aprovou um novo decreto declarando como seguras todas as regiões dos 19 países de origem em sua lista de "países seguros", um texto contestado pelos juízes italianos, que já encaminharam o caso ao TJUE.
O objetivo é acelerar os pedidos de asilo de migrantes da Albânia provenientes desses países, com a probabilidade de que eles sejam deportados.
* AFP