A ação climática dos Estados Unidos continuará, apesar da chegada ao poder em janeiro do presidente eleito Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (11) o enviado especial do presidente Joe Biden na COP29.
"Quero dizer a vocês que, embora o governo federal nos Estados Unidos, sob Donald Trump, possa colocar a ação climática em segundo plano, o trabalho continuará, com paixão e compromisso", disse John Podesta em uma entrevista coletiva no primeiro dia da COP em Baku.
"Os EUA são uma democracia" que há menos de uma semana elegeu um presidente "cuja relação com as mudanças climáticas está marcada pelo uso das palavras 'fraude' e 'combustíveis fósseis'", acrescentou Podesta.
"Trump prometeu desmantelar nossas salvaguardas ambientais e retirar o país novamente do Acordo de Paris", assinado por praticamente toda a comunidade internacional em 2015, disse ele.
"Foi o que ele disse, e temos que acreditar", acrescentou.
Trump ganhou amplamente as eleições presidenciais de 5 de novembro, com o voto popular a seu favor e o controle do Senado, enquanto aguarda os resultados finais na Câmara dos Representantes.
"Não é possível baixar a guarda ou ficar apático", acrescentou o enviado especial dos Estados Unidos para as negociações sobre o clima, que serão retomadas de segunda-feira até 22 de novembro em Baku.
Apesar do mandato político de Trump, alguns observadores e ativistas ambientais nos EUA afirmam que a administração federal cumprirá suas diretrizes.
* AFP