O novo primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, dissolveu o Parlamento, nesta quarta-feira (9), com vistas às eleições antecipadas de 27 de outubro, informou o presidente da Câmara Baixa, Fukushiro Nukaga.
Ishiba, de 67 anos, assumiu no início de outubro como primeiro-ministro após ser nomeado líder do Partido Liberal Democrata (PLD), a formação conservadora que governa o Japão quase sem interrupção desde 1955.
Ao assumir o cargo, Ishiba anunciou seus planos de convocar eleições antecipadas em 27 de outubro para aumentar a legitimidade do novo governo, que quer aumentar os gastos em defesa, aumentar as ajudas aos lares mais pobres e revitalizar as regiões do Japão mais atingidas pela crise demográfica.
Ishiba tem quase assegurada a vitória de seu partido, mas busca aumentar o número de assentos e reafirmar sua liderança depois de o governo de seu antecessor, Fumio Kishida, no poder durante quase três anos, registrar índices de popularidade muito baixos, em parte por um escândalo de financiamento de seu partido.
Além disso, Kishida foi muito criticado pela gestão econômica e por sua incapacidade de atacar o surto inflacionário que destruiu o poder aquisitivo dos japoneses a partir de 2022.
Ishiba deu ênfase à defesa e apoia a criação de uma aliança militar regional inspirada na Otan. Na semana passada, ele declarou que a segurança do Japão "nunca esteve tão ameaçada desde o final da Segunda Guerra Mundial".
Mas, na segunda-feira, o dirigente admitiu que esses planos para contra-atacar a influência chinesa na região "não irão se materializar da noite para o dia".
* AFP