Os Estados Unidos destinarão US$ 50 milhões (R$ 271,4 milhões) adicionais para um programa de reforço à segurança e à justiça na Guatemala, informou um alto funcionário americano nesta quarta-feira (2).
A quantia se soma aos US$ 50 milhões iniciais do programa "Guatemala se Transforma", lançado em março pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, durante uma visita do presidente guatemalteco, Bernardo Arévalo, a Washington.
"Tenho o prazer de anunciar a intenção [...] de designar [...] aproximadamente US$ 50 milhões em recursos adicionais para apoiar esta iniciativa", disse o subsecretário do Gabinete de Assuntos Internacionais de Narcóticos e Aplicação da Lei, Todd Robinson.
O anúncio foi feito na inauguração de um "diálogo de alto nível" sobre segurança entre ambos países na capital guatemalteca.
O programa "Guatemala se Transforma" busca modificar as instituições de segurança do país centro-americano e é parte de uma série de medidas aplicadas pelo governo de Joe Biden para atacar as causas da migração irregular na América Central.
Segundo a Casa Branca, o objetivo é "reforçar o Estado de Direito nas instituições de segurança e justiça" da Guatemala.
"Estamos em um momento crucial para a relação entre nossos governos. Concordamos em muitas prioridades fundamentais, desde a luta contra o tráfico de drogas até a luta contra a corrupção e a segurança fronteiriça", acrescentou Robinson, que foi embaixador na Guatemala entre 2014 e 2017.
A Guatemala e o restante da América Central são o local de origem e passagem de milhares de migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos. Também funcionam como ponte para o tráfico de drogas e área de atuação do crime organizado.
Com a ascensão de Arévalo ao poder em janeiro, a Guatemala se tornou no principal aliado de Washington na América Central, deixando para trás as tensões bilaterais vividas sob o governo do direitista Alejandro Giammattei (2020-2024).
"Agradeço o apoio e, sobretudo, por serem nossos amigos e parceiros estratégicos", disse o ministro do Interior da Guatemala, Francisco Jiménez, na abertura da reunião.
* AFP