Um míssil lançado por terroristas houthis, apoiados pelo Irã, no Iêmen, caiu em uma área aberta no centro de Israel. Os alarmes antiaéreos no aeroporto internacional Ben Gurion foram ativados neste domingo (15). Não foram relatadas vítimas ou danos significativos, mas a mídia local exibiu imagens de pessoas correndo para abrigos no aeroporto. Os terroristas reivindicaram o ataque.
Pouco depois, a autoridade aeroportuária informou que as operações no aeroporto foram retomadas normalmente.
Um incêndio foi registrado em uma área rural na região central de Israel, enquanto fragmentos do míssil ou de interceptores caíram em uma escada rolante em uma estação de trem na cidade de Modiin. O exército explicou que o barulho das explosões foi causado por interceptadores.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, emitiu um alerta aos rebeldes Houthis. Ele sugeriu uma possível retaliação após o grupo assumir a autoria do ataque.
- Esta manhã, os Houthis dispararam um míssil terra-terra do Iêmen em nosso território. Eles sabem que fazemos qualquer agressão pagar um preço alto - declarou Netanyahu durante uma reunião do gabinete.
Os Houthis, que têm o apoio do Irã, já lançaram drones e mísseis em direção a Israel várias vezes desde o início da guerra em Gaza, mas a maioria foi interceptada. Yahya Saree, porta-voz militar dos Houthis, afirmou que o míssil tinha como alvo uma instalação militar em Jaffa, área que integra Tel Aviv.
Em resposta ao ataque, Hashim Sharaf al-Din, oficial do governo dos Houthis comemorou o evento. Ele disse que enquanto os iemenitas comemorariam o aniversário do profeta Maomé, os "israelenses se refugiavam em abrigos".
Conflitos
Desde o início da guerra de Gaza, o conflito regional se intensificou, com o Irã e aliados, como Hezbollah e os próprios Houthis, atacando alvos israelenses, enquanto Israel responde com retaliações.
A fronteira com o Líbano também registrou novos ataques, com cerca de 40 projéteis disparados pelo grupo terrorista Hezbollah, a maioria interceptada ou caindo em áreas desabitadas.
Além disso, o Hezbollah declarou que suspenderia seus ataques caso houvesse um cessar-fogo em Gaza. As negociações de paz, mediadas pelos EUA, Egito e Catar, continuam estagnadas, mesmo após quase um ano de tentativas.
Enquanto isso, a situação na fronteira entre Gaza e Egito também permanece crítica, com Israel alegando que túneis são usados para contrabandear armas. No entanto, o Egito nega essa alegação, afirmando que os túneis foram selados anos atrás.