Treze migrantes sudaneses morreram e 27 estão desaparecidos após o naufrágio, nesta quinta-feira (8), da sua embarcação que partiu clandestinamente da costa da Tunísia, disse à AFP um porta-voz do tribunal local.
Na embarcação, que partiu perto da cidade de Sfax, na costa central da Tunísia, estavam 42 sudaneses, disseram às autoridades os dois únicos sobreviventes do naufrágio.
Farid Ben Jha, porta-voz do tribunal da cidade vizinha de Monastir, informou que as operações para encontrar os outros náufragos ainda estavam em andamento.
Os ocupantes eram homens do Sudão, um país imerso desde abril em uma guerra civil mortal entre o Exército e um grupo paramilitar. As vítimas transportavam cartões de solicitantes de asilo emitidos pelo Alto Comissariado para os Refugiados da Tunísia.
Os primeiros vestígios encontrados indicam que estavam em um barco de metal muito frágil, montado com peças de sucata soldadas às pressas.
A Tunísia é, juntamente com a Líbia, o principal ponto de partida para milhares de migrantes que procuram chegar clandestinamente à Europa. A ilha italiana de Lampedusa está localizada a menos de 150 km da costa de Sfax.
Nos primeiros 11 meses de 2023, o número de pessoas interceptadas na Tunísia quando tentavam partir para as costas europeias foi de 69.963, mais que o dobro do mesmo período do ano anterior, disse à AFP o porta-voz da Guarda Nacional.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações, mais de 2.270 pessoas morreram em 2023 no Mediterrâneo central tentando chegar à Europa. Esse valor corresponde a 60% a mais que no ano anterior.
* AFP