Autoridades militares chinesas disseram a seus homólogos americanos que "nunca" farão concessões em relação a Taiwan, pedindo que parem com as "ações provocativas" no Mar do Sul da China, disse o Ministério da Defesa nesta quarta-feira (10).
Em um comunicado sobre as conversas realizadas na segunda e terça-feiras em Washington, a China lançou um apelo aos Estados Unidos para que "deixem de armar Taiwan".
"Em relação à questão de Taiwan, a China nunca fará o menor compromisso, ou concessão", disse a delegação militar de Pequim.
"A China instou os Estados Unidos a reduzirem seu destacamento militar e suas ações provocativas no Mar da China Meridional e a pararem de apoiar violações e provocações por parte de países individuais", acrescentou o comunicado.
"Os Estados Unidos devem entender plenamente as causas profundas dos problemas de segurança aérea e marítima, controlar rigorosamente suas tropas da linha da frente e parar de exagerar", disse ele.
"A parte chinesa também expôs sua posição solene e suas grandes preocupações sobre temas que envolvem os interesses fundamentais da China e questões internacionais candentes", acrescentou.
Os presidentes Joe Biden e Xi Jinping concordaram em novembro em retomar o diálogo militar entre as duas partes, suspenso por mais de um ano.
O general americano Charles "CQ" Brown conversou com o general chinês Liu Zhenli em dezembro para discutir "a importância de trabalharmos juntos para administrar a concorrência de forma responsável", segundo Washington.
As conversas desta semana, realizadas no Pentágono, foram lideradas por Michael Chase, do Departamento americano da Defesa, e pelo major-general chinês Song Yanchao, informou Washington.
"A China expressou sua disposição a desenvolver relações militares saudáveis e estáveis de Exército para Exército com os Estados Unidos, baseadas na igualdade e no respeito", afirmou a China, em um comunicado.
"Os Estados Unidos deveriam abordar de frente as preocupações da China e tomar mais ações que favoreçam o desenvolvimento das relações entre ambos os Exércitos", completou a nota.
* AFP