A Rússia lançou 122 mísseis e 36 drones contra alvos ucranianos, causando a morte de ao menos 22 civis, o que, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia, foi a maior ofensiva aérea em 22 meses de guerra. As forças ucranianas interceptaram a maior parte dos mísseis e dos drones tipo Shahed, afirmou o chefe militar de Kiev, Valerii Zaluzhnyy, nesta sexta-feira (29).
Até então, o maior ataque tinha sido registrado em novembro de 2022, quando a Rússia lançou 96 mísseis sobre a Ucrânia, de acordo com registros da Força Aérea ucraniana. O presidente ucraniano, VolodymIr Zelensky, disse que as forças do Kremlin usaram várias armas, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro.
"Hoje, a Rússia utilizou quase todos os tipos de armas de seu arsenal (...). No total, cerca de 110 mísseis foram disparados contra a Ucrânia, e a maioria deles foi abatida", afirmou Zelensky na rede social X (Twitter).
Após relatar vítimas dos bombardeios e expressar condolências pelas perdas, o presidente prometeu revidar. "Nós certamente vamos responder a esses ataques terroristas. Continuaremos lutando pela segurança de todo o nosso país, cada cidade e cada cidadão", escreveu ainda.
"Cerca de 15 pessoas ficaram feridas, e quatro morreram" na região central do Dnipro, anunciou o governador regional, Sergiy Lisak. Outras autoridades locais relataram duas mortes em Kiev, capital do país, duas em Odessa (no Sul), uma morte em Kharkiv (Leste) e outra em Lviv (Oeste).
Pelo menos 128 pessoas ficaram feridas e um número desconhecido foi soterrado sob os escombros durante o ataque que durou cerca de 18 horas, disseram autoridades ucranianas. Entre os edifícios que foram danificados estavam uma maternidade, apartamentos e escolas.