O papa Francisco denunciou nesta segunda-feira (25), em sua mensagem de Natal, "a situação humanitária desesperadora" dos palestinos de Gaza, pediu a libertação dos reféns que estão sob poder do Hamas e um cessar-fogo entre o grupo terrorista e Israel.
— Renovo um apelo urgente para a libertação daqueles que ainda são mantidos como reféns. Apelo que cessem as operações militares, com suas consequências dramáticas de vítimas civis inocentes, e que se remedie a situação humanitária desesperadora, permitindo a chegada de ajuda — afirmou no Vaticano o pontífice argentino de 87 anos, durante a tradicional bênção "urbi et orbi" ("à cidade e ao mundo").
— Que não se siga alimentando a violência e o ódio, mas que se encontre uma solução para a questão palestina, por meio de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e o apoio da comunidade internacional — disse o papa, durante uma mensagem em que enfatizou o lema "não à guerra, sim à paz".
Na Praça de São Pedro do Vaticano, o bispo de Roma mencionou em seu discurso, em italiano, o "martirizado" povo da Síria e pediu paz para a Ucrânia, no momento em que se aproxima o segundo aniversário da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Em uma mensagem ao "continente americano", Francisco fez um apelo aos governantes, que devem "encontrar soluções idôneas que levem a superar as dissensões sociais e políticas, a lutar contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, a resolver as desigualdades e a enfrentar o doloroso fenômeno das migrações".