Pelo menos cinco combatentes de um grupo armado pró-Irã afiliado ao Hashd al Shaabi morreram na noite deste domingo (3) em um ataque aéreo na província de Kirkuk, norte do Iraque, informaram duas fontes da Segurança.
O "bombardeio aéreo" visou um "local" gerenciado por uma facção do Hashd al Shaabi, uma coalizão de ex-paramilitares atualmente integrada ao exército iraquiano, indicou um alto funcionário de Segurança de Kirkuk que relatou cinco mortos.
"Um drone alvejou uma posição do grupo al-Nujaba na região de Dibis", afirmou um oficial de Segurança na capital, Bagdá, acrescentando que houve "cinco mortos e cinco feridos".
O bombardeio ocorreu um dia após o governo iraquiano advertir os Estados Unidos a se absterem de realizar qualquer "ataque" em seu território.
Um oficial militar americano declarou, sob condição de anonimato, que um "ataque de autodefesa contra uma ameaça iminente" foi realizado contra "um local de lançamento de drones" nas proximidades de Kirkuk.
No fim da noite de domingo, a Resistência Islâmica no Iraque - uma formação dispersa de grupos armados afiliados ao Hashd al Shaabi - anunciou em comunicado que "cinco mártires" morreram lutando contra "as forças de ocupação dos Estados Unidos no Iraque".
Um policial local disse que foram encontrados "restos aparentemente pertencentes a um drone".
No sábado, durante uma ligação com o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al Sudani, ressaltou "a rejeição do Iraque a qualquer ataque ao território iraquiano".
A guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza teve repercussões regionais e desencadeou ataques de grupos pró-iranianos contra soldados americanos e tropas no Iraque e na Síria da coalizão internacional antijihadista, liderada por Washington.
No final de novembro, em retaliação às agressões recorrentes desses movimentos, os Estados Unidos lançaram dois ataques mortíferos contra combatentes pró-Irã no Iraque. Washington também bombardeou três vezes locais ligados ao Irã na Síria.
* AFP