Dez países do norte da Europa, membros da Força Expedicionária Conjunta (JEF, na sigla em inglês), decidiram ativar nesta terça-feira (28) uma "cláusula de defesa" que prevê o destacamento de meios militares para proteger as infraestruturas submarinas no Mar Báltico.
"Isto inclui capacidades marítimas e aéreas que serão mobilizadas no coração da JEF, proporcionando uma contribuição militar para a proteção de infraestruturas submarinas críticas", assinalaram os ministros da Defesa dos dez países em um comunicado após uma reunião.
"É a primeira vez que se ativa uma cláusula de defesa da JEF", assinalaram, indicando que essas atividades vão começar "no início de dezembro".
A JEF é uma coalizão de dez países dirigida pelo Reino Unido e que envolve Dinamarca, Estônia, Finlândia, Islândia, Letônia, Lituânia, Países Baixos, Noruega e Suécia em questões operacionais de defesa no norte da Europa.
"Trata-se de vigilância marítima e cerca de 20 navios de guerra serão destacados para o Mar Báltico e também para áreas do Atlântico Norte", explicou o ministro da Defesa da Suécia, Pål Jonson, à emissora pública SVT.
"Devemos ser capazes de realizar este tipo de operação para defender nossas infraestruturas vitais, mas também para enviar um sinal à Rússia", acrescentou.
Os países da JEF estabeleceram em outubro um reforço na segurança no Mar Báltico depois que um gasoduto submarino finlandês sofreu um vazamento devido a uma intervenção "externa", que a polícia finlandesa por fim atribuiu à âncora de um navio mercante chinês.
Contudo, o incidente suscitou muitas especulações depois das explosões que romperam, em setembro de 2022, os dois gasodutos submarinos Nord Stream, que transportavam gás russo para a Europa Ocidental, em plena disputa com Moscou pela guerra na Ucrânia.
* AFP