Oito combatentes de um grupo pró-Irã morreram nesta quarta-feira (22) em um bombardeio americano contra duas posições ao sul de Bagdá, informaram à AFP fontes iraquianas.
Um funcionário dos serviços de segurança iraquianos havia anunciado anteriormente que "cinco integrantes das brigadas do Hezbollah morreram em um bombardeio aéreo no setor de Jurf al-Sakhr".
O comando militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, o Centcom, anunciou ter realizado "ataques de precisão" em dois locais no Iraque, em resposta aos recentes ataques de grupos pró-iranianos contra as tropas americanas e as forças da coalizão internacional antijihadista, no Iraque e Síria.
Na terça-feira, um bombardeio na região de Abu Ghraib perto de Bagdá atacou um veículo do Hachd al Chabi, causando um morto e feridos, no que Washington qualificou de ataque "de autodefesa".
Em resposta aos bombardeios americanos, o governo iraquiano condenou nesta quarta-feira uma "flagrante violação da soberania" e uma "perigosa escalada", destacando que estes ataques foram realizados "sem o conhecimento" das autoridades.
Em alusão aos grupos pró-Irã, o governo, nomeado por uma maioria parlamentar de partidos próximos a Teerã, considera "condenáveis e ilegais" as "atividades armadas" realizadas no marco da instituição militar.
Nesta quarta-feira, os bombardeios americanos alcançaram a região de Jurf al Sakhr, a cerca de 60 quilômetros ao sul de Bagdá.
As brigadas do Hezbollah, influente facção do Hachd al Chabi - ex-paramilitares integrados às forças oficiais - informaram a morte de oito combatentes.
Este "crime", promete o grupo em um comunicado, "não ficará impune".
Em relação aos ataques contra as tropas americanas, as brigadas do Hezbollah se comprometem a "ampliar o alcance dos objetivos, se o inimigo continuar com seu método criminoso".
* AFP