A brasileira Shahed Al-Banna, de 18 anos, relata que está sem luz e sem conexão de internet em muitos momentos. Por este motivo, ela parou de dar atualizações, principalmente nas redes sociais, por meio dos vídeos que mostram a situação na Faixa de Gaza. Para conseguir internet, ela conta que precisa ir a um mercado. A jovem integra o grupo de brasileiros que aguarda por resgate em Rafah, no sul de Gaza, junto à fronteira com o Egito.
— Estamos vivos ainda, mas cada dia está pior que o dia anterior — conta a brasileira que está em local que abriga um grupo com mais de 20 brasileiros. — A situação está difícil — lamenta.
A brasileira está em Gaza há cerca de 1 ano e meio, desde que foi visitar a mãe que estava doente.
Como estão vivendo os brasileiros
Os brasileiros têm recebido apoio psicológico. Uma profissional foi contratada em Gaza para fazer o acompanhamento das famílias. Entretanto, Shahed Al-Banna relatou que a espera é angustiante:
— Esse corte de água está na Faixa de Gaza inteira e não estamos conseguindo receber notícias por causa da falta de internet — relatou.
Kits de medicamentos
O governo federal enviou itens de ajuda humanitária para serem destinados para a Faixa de Gaza. São purificadores de água portáteis, kits de medicamentos e insumos preparados para atender a pessoas em situação de emergência em saúde pública.
Conforme informações do Ministério da Saúde, cada kit de assistência humanitária é composto por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas.
Como deve ser o resgate
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda em Roma, na Itália, a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. Assim que autorizada a passagem dos brasileiros, o avião da FAB deve se deslocar até o Egito para fazer o resgate, informou Candeas e o Itamaraty.