A mãe da refém franco-israelense Mia Shem fez um apelo, nesta terça-feira (17), aos líderes mundiais para que trabalhem para libertar sua filha, sequestrada em Israel por combatentes do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro.
— Peço aos líderes mundiais que minha filha seja devolvida, assim como os demais reféns — disse Keren Shem, emocionada, em uma entrevista coletiva em Tel Aviv.
Pouco antes, o presidente francês, Emmanuel Macron, havia condenado "a ignomínia de fazer reféns pessoas inocentes e sua odiosa aparição em vídeos" e reforçou o pedido de "libertação imediata e incondicional" para a jovem.
Na segunda-feira (16), o Hamas divulgou um vídeo que mostrava Mia Shem deitada e recebendo atendimento médico no braço. Sua mãe disse que descobriu a filmagem "ao mesmo tempo que o público" e sem ter tido qualquer contato prévio com o governo israelense.
— Tento não pensar em uma invasão terrestre de Israel em Gaza, e só penso na minha filha. Sei que ela precisa de cuidados médicos. O mundo deve se unir para libertar os reféns — pediu a mulher.
Keren contou que a filha estava na rave, perto da fronteira com Gaza, que foi atacada pelo Hamas no dia 7. No local, ela foi sequestrada. Três brasileiros que também estavam na festa foram mortos — um gaúcho, Ranani Glazer, e duas cariocas, Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes.
— Agora está em Gaza. Não é a única. Há muitos adultos, crianças, bebês e sobreviventes do Holocausto — disse, fazendo referência aos israelenses e estrangeiros sob custódia do grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
Na segunda-feira (16), autoridades israelenses afirmaram que 199 pessoas foram levadas pelo Hamas nesta ofensiva sobre Israel.