O apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e Israel, imersos em conflitos, continua uma "prioridade absoluta" para Washington, disse nesta quarta-feira (11), em Marrakech, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, na véspera das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial (BM).
"O financiamento da Ucrânia, tanto militar como no apoio à sua economia, e os recursos destinados a Israel são as prioridades absolutas do governo Biden. Fomos perfeitamente claros com o Congresso e acreditamos em um amplo apoio bipartidário", disse o responsável americano em uma coletiva de imprensa.
As discussões entre republicanos e democratas na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos sobre o orçamento para 2024 bateram de frente com a continuidade do apoio financeiro à Ucrânia para enfrentar a Rússia, que em fevereiro de 2022 iniciou uma ofensiva contra o território ucraniano.
Israel, por outro lado, está envolvido em uma guerra contra o movimento islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza e que lançou no último sábado uma ofensiva surpresa em solo israelense. O exército de Israel respondeu e o conflito já deixou mais de 1.200 mortos no lado israelense e 1.000 em Gaza.
O tópico sobre a ajuda à Ucrânia gerou tensões dentro do Partido Republicano e quase desencadeou um "shutdown" -encerramento dos serviços federais dos EUA devido à falta de um acordo oportuno. No final, foi decidido prorrogar o orçamento por 45 dias, embora este texto não inclua um pacote de ajuda para Kiev.
A votação desta medida levou à destituição de Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes, portanto, até a eleição de um novo líder, as atividades parlamentares desta instituição foram suspensas.
"Não posso dar uma data precisa de quando o tema será votado, mas tenham certeza da absoluta vontade do governo Biden em garantir o apoio" para Ucrânia e Israel, garantiu Yellen.
* AFP