O governo do Egito permitirá a entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza após negociações com Israel e intermediadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O anúncio ocorre depois que, no começo da tarde desta quarta-feira (18), o premier israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não bloquearia a entrada da ajuda no enclave palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
O acordo foi alcançado sob a pressão de protestos no Oriente Médio provocados pela explosão de um hospital na Faixa de Gaza, atribuída pelos Estados Unidos e Israel a um disparo da Jihad Islâmica.
Segundo a Casa Branca, a ajuda deve chegar a Gaza nos próximos dias. De acordo com apuração do jornal The Guardian, oficiais da Casa Branca afirmaram que isso pode ocorrer a partir da próxima sexta-feira (20).
Biden alertou, no entanto, que a ajuda será encerrada se for confiscada pelo Hamas, responsável pelos ataques terroristas a Israel no dia 7.
Gaza está submetida há 10 dias a um cerco israelense em retaliação aos atentados, o que piorou as condições de vida da população civil. Agências humanitárias que trabalham no enclave, como a Acnur e o Médicos Sem Fronteiras têm alertado para a queda das reservas de alimentos, água e remédios na região.
Mais cedo, o governo de Israel disse por meio de nota que não se oporia à entrada de ajuda em Gaza, desde que ela não fosse feita pelo seu território. O Egito divide com Gaza uma pequena fronteira entre a cidade de Rafah e a Península do Sinai.
*Com agências internacionais