Uma intervenção militar no Níger para restabelecer o presidente eleito, Mohamed Bazoum, que foi derrubado por um golpe, seria considerada "uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali", indicaram os governos destes dois países em um comunicado conjunto nesta segunda-feira (31).
As duas juntas militares, que assumiram os dois países após golpes de Estado, "advertem que qualquer intervenção militar contra o Níger seria considerada uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali", depois da ameaça de uso da "força" por líderes políticos da África Ocidental em uma cúpula em Abuja, na Nigéria.
Ambas as juntas "advertem que qualquer intervenção militar contra o Níger levaria à saída de Burkina Faso e Mali da Cedeao [Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental], bem como à adoção de medidas de legítima defesa no apoio às forças armadas e ao povo do Níger".
Mali e Burkina Faso "advertem contra as consequências desastrosas de uma intervenção militar no Níger que poderia desestabilizar toda a região", acrescenta a nota.
* AFP