O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó disse, na madrugada desta terça-feira (25), ter sido expulso da Colômbia horas após ter cruzado a fronteira do país com o objetivo de participar da conferência que vai tentar restabelecer o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição.
Em um vídeo divulgado no Twitter, Guaidó disse que ingressou na Colômbia para fugir da repressão do governo venezuelano, mas que agora também se sente perseguido no país vizinho.
O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informou no fim da noite da segunda-feira (24), que Guaidó ingressou de maneira "irregular" no país, e que por causa disso foi levado a um aeroporto para embarcar para os Estados Unidos.
"A perseguição da ditadura infelizmente chegou hoje à Colômbia", diz Guaidó no vídeo, que foi gravado dentro de um avião.
Após a reeleição de Maduro em 2018 ter sido considerada fraudulenta por diversos países, Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela. Desde então, porém, a popularidade do líder oposicionista se esvaiu. Em janeiro, parlamentares da oposição "depuseram" Guaidó e formaram um comitê para o comando do "governo interino".
A conferência que o governo do presidente da Colômbia, Gustavo Preto, promove a partir desta terça tem o objetivo de fazer com que governistas e oposicionistas venezuelanos retomem o diálogo.
O governo da Colômbia informou que Guaidó não foi convidado para o evento. No fim do ano passado, um esforço semelhante realizado no México e liderado por diplomatas noruegueses acabou fracassando.