Confrontos entre pastores e agricultores no sul do Chade deixaram pelo menos 22 mortos - disseram autoridades locais nesta quarta-feira (19), que acusaram rebeldes baseados na vizinha República Centro-Africana de provocar o conflito.
Na segunda-feira (17), agricultores da etnia kodo atacaram pastores da etnia fulani acampados no departamento de Monts de Lam, disse à AFP o general Ahmat Dari Bazine, governador da província de Logon Oriental.
Ele afirmou que os kodo são "rebeldes" do Chade, mas baseados na República Centro-Africana.
"Os kodos mataram dois pastores Fulani em seus acampamentos na segunda-feira, feriram outros seis e perderam dois dos seus" nos embates posteriores, acrescentou.
Mais tarde, os kodo atacaram outro povoado, onde mataram quatro pessoas antes da chegada dos gendarmes. Estes últimos mataram 14 dos agressores, deixando um total de 22 mortos, completou.
Hassan Khalil, promotor de Baibokum, capital de Monts de Lam, confirmou os combates e o número de mortos em conversa com a AFP.
A tensão entre pastores árabes seminômades e os agricultores locais é um problema antigo no centro, no sul e no leste do Chade.
Os agricultores acusam os pastores de saquear suas terras com seus animais.
Em geral, os pastores são oriundos das regiões áridas do Sahel, no norte do Chade, e buscam se estabelecer em solos mais férteis para criar camelos e ovelhas.
* AFP