O assassino do ministro dominicano Orlando Jorge Mera, morto a tiros em junho de 2022, foi condenado à pena máxima de 30 anos de prisão, anunciou o tribunal que tratou do caso.
A sentença contra Fausto Miguel de Jesús Cruz de la Mota foi lida na noite de quarta-feira pelo juiz e também ordena uma indenização de 50 milhões de pesos, cerca de 900 mil dólares (4,5 milhões de reais na cotação atual), a serem pagos à família do falecido ministro.
Mera, que estava à frente do Ministério do Meio Ambiente desde agosto de 2020 e tinha 55 anos, foi baleado em seu escritório em 6 de junho de 2022. Era filho do ex-presidente da República Dominicana, Salvador Jorge Blanco (1982-1986).
Cruz de la Mota era um empresário amigo de infância do ministro, segundo a sua família, e por isso não teve problemas para burlar a segurança do órgão.
"Há Judas por toda parte", disse à imprensa Orlando Jorge Villegas, filho do oficial assassinado, após a sentença.
"Isso fecha um capítulo doloroso em nossa família. Em certo ponto, é reconfortante saber" que "a justiça está sendo feita", disse Leticia Jorge Mera, irmã da vítima.
O crime, segundo o Ministério Público, foi retaliação pela rejeição de uma licença de importação de 5.000 toneladas de baterias para a empresa de Cruz de la Mota.
Na terça-feira, no entanto, o réu disse que agiu em legítima defesa e que as provas contra ele foram "manipuladas", de acordo com uma carta que ele mostrou antes de entrar no tribunal.
* AFP