Os sindicatos do Sri Lanka convocaram uma greve nacional nesta quarta-feira (15) que paralisou hospitais e o transporte público em protesto contra um aumento de impostos vinculado a um plano de resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia em colapso do país.
As escolas cancelaram os exames trimestrais, alguns departamentos de hospitais permaneceram fechados e o sistema de transporte enfrentava problemas com a greve promovida por mais de 40 sindicatos.
A ação desafia uma proibição de greve imposta no mês passado pelo presidente Ranil Wickremesinghe e as pessoas que aderem ao movimento correm o risco de perder seus empregos.
O governo anunciou um grande aumento do imposto de renda, condição para que o país do sul da Ásia tenha acesso a um pacote de resgate de 2,9 bilhões de dólares do FMI.
A direção da instituição monetária decidirá sobre a concessão do resgate em 20 de março.
O país buscou ajuda do FMI depois de declarar a suspensão de pagamentos (default) da dívida externa de 46 bilhões de dólares.
A crise econômica sem precedentes do Sri Lanka provoca, desde 2021, escassez de alimentos, combustíveis e medicamentos. O presidente Gotabaya Rajapaksa foi afastado do poder após meses de protestos, em julho do ano passado.
* AFP