Cinco migrantes da África subsaariana se afogaram, nesta quarta-feira (22), e 28 desapareceram após o naufrágio de sua embarcação na costa da Tunísia, informou um grupo de defesa de direitos humanos desse país.
"Os corpos de cinco migrantes foram encontrados e cinco outros resgatados, mas 28 ainda estão desaparecidos", declarou Romdhane Ben Amor, do Fórum tunisiano dos direitos sociais e econômicos (FTDES).
A embarcação afundou "porque estava superlotada" com 38 passageiros, a maioria da Costa do Marfim, afirmou.
O barco saiu da costa de Sfax, no oeste da Tunísia, rumo à ilha italiana de Lampedusa.
O naufrágio é a última tragédia desse tipo no Mediterrâneo central, conhecido por ser a rota migratória mais mortífera do mundo, e acontece apenas um mês depois das declarações incendiárias do presidente Kais Saied.
O dirigente tunisiano acusou os migrantes procedentes da África de serem responsáveis pelo aumento da criminalidade.
Suas declarações provocaram uma onda de violência e perseguição contra os cidadãos da África subsaariana.
Vinte e um mil migrantes procedentes dessa região vivem atualmente na Tunísia, um país de 12 milhões de habitantes, segundo estimativas.
* AFP