Correção: o número de mortos pelos incêndios é de 24 até agora, não 26 como publicado entre 17h23min de segunda-feira (6) e 9h de quinta (9). O texto e o título estão corrigidos.
Brigadistas e especialistas internacionais começaram a se somar, nesta segunda-feira (6), aos trabalhos de combate aos quase 300 incêndios florestais que atingem o centro-sul do Chile e já deixaram 24 mortos.
As chamas seguem ativas em várias regiões chilenas. O fogo já atingiu cerca de 270 mil hectares, e há um novo alerta meteorológico para os próximos dias devido ao calor extremo que segue nas regiões Maule e Ñuble, no sul do país.
Os incêndios, que ganharam força desde quinta-feira (2), já deixaram 26 mortos, além de aproximadamente 1.260 feridos, 3 mil desabrigados e 1.160 casas incendiadas, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira pelo Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred).
Nas últimas horas, chegaram ao Chile vários aparelhos e especialistas para auxiliar no combate aos incêndios, procedentes de Espanha, Argentina, México e Estados Unidos. Os norte-americanos enviaram aos chilenos o maior avião-tanque disponível no mundo, com capacidade para 36 mil litros.
Na noite de domingo (5), um avião chegou da Espanha transportando um contingente de 50 pessoas, entre as quais seis especialistas no combate a incêndios florestais, 38 militares do Batalhão de Intervenção em Emergências e uma equipe de seis pilotos de drones.
A Argentina se somou ao combate aos incêndios com 10 brigadistas e cinco caminhonetes com equipamento florestal. Também devem chegar mais cerca de 50 brigadistas e um helicóptero. Um contingente de 150 especialistas em extinção de incêndios florestais, entre militares e civis, chegou do México.
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou solidariedade ao Chile em suas redes sociais. "Todos os meus pensamentos estão com as famílias das vítimas e os heróis que lutam frente às chamas", escreveu, sem informar se irá enviar alguma ajuda específica.
Segundo a chancelaria chilena, Equador, Colômbia, Peru, Paraguai e Venezuela também prometeram ajuda. O presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou no Twitter o envio de um avião com material e especialistas em combate a incêndios florestais, e o governo de Portugal expressou disponibilidade de enviar uma equipe de 140 pessoas.
— É emocionante ver como outros países, que têm seus próprios problemas e necessidades, destinam recursos para nos ajudar neste momento — afirmou a ministra do Interior do Chile, Carolina Tohá, ao agradecer o apoio recebido nas comunidades afetadas.
A dimensão do fogo, que já queimou uma superfície maior do que o território de Luxemburgo, fez com que a fumaça chegasse até Santiago, capital do país. O Chile enfrenta um verão com recordes de temperatura, com os termômetros marcando mais de 40ºC em diversos pontos do território chileno.
— Em cinco dias, tivemos uma superfície queimada equivalente ao que costuma ser queimado em dois anos de incêndios — acrescentou a ministro Tohá, advertindo que esse número pode aumentar nos próximos dias.