Funcionários do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) encontraram, na sexta-feira (20), mais seis documentos durante uma busca na residência de Joe Biden em Delaware, informou neste sábado o advogado pessoal do presidente norte-americano.
"O DoJ tomou posse de materiais que considerou estarem dentro do escopo de sua investigação, incluindo seis documentos classificados", disse Bob Bauer.
Os primeiros documentos confidenciais foram encontrados em 2 de novembro e datam da época em que Biden era vice-presidente do país. Ao todo, foi encontrada uma dúzia de documentos, que datam da passagem de Biden pelo Senado e de seu mandato como vice-presidente.
O assunto é particularmente incômodo para o presidente americano, que poderia se candidatar à reeleição em 2024, já que a lei americana proíbe que ex-presidentes e ex-vice-presidentes mantenham documentos de Estado em sua posse após o fim do mandato.
Entenda o caso
Em 2 de novembro, advogados de Biden descobriram o primeiro lote de documentos de quando ele era vice-presidente dos EUA. Os papeis estavam em um escritório privado usado por ele de meados de 2017 até o início de sua campanha presidencial em 2020.
Em janeiro, a Casa Branca informou que outros documentos foram encontrados na residência da família do presidente.
Na ocasião, a Casa Branca declarou que os advogados não analisaram os textos por não terem as autorizações necessárias para consultá-los, e avisaram o Ministério da Justiça. Uma lei de 1978 obriga os presidentes e vice-presidentes americanos a enviar todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional.
Após a informação de que novos documentos haviam sido encontrados, Kevin McCarthy, o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (órgão equivalente à Câmara dos Deputados), pediu que o Congresso do país abrisse uma investigação.
* AFP