O primeiro-ministro da Malásia anunciou a dissolução do Parlamento nesta segunda-feira (10), de modo que o país terá que convocar eleições antecipadas.
"Ontem me encontrei com o rei... e pedi permissão para dissolver o parlamento. E o rei aceitou meu pedido para dissolver o parlamento hoje", disse Ismail Sabri Yaakob em um discurso televisionado.
"Espero que o povo vote sabiamente pela estabilidade, crescimento econômico e harmonia do país", disse o funcionário, referindo-se à diversidade étnica e religiosa da Malásia.
A maioria da população é de origem malaia e de confissão muçulmana, mas importantes minorias vivem no país, especialmente de origem chinesa e indiana.
Nenhuma data foi anunciada para as eleições legislativas até agora, mas a Constituição exige que uma votação seja convocada dentro de 60 dias após a dissolução do parlamento.
A Malásia está atolada em instabilidade desde as eleições de 2018, que levaram ao poder o primeiro-ministro reformista Mahathir Mohamad, do partido Umno (Organização Nacional Unificada da Malásia), que liderou o país por mais de 60 anos.
Na ocasião, os eleitores puniram o então primeiro-ministro, Najib Razak, envolvido no escândalo de peculato do 1MDB.
Mas o Executivo de Mahathir Mohamad perdeu a maioria após 22 meses no poder. Desde então, Mohamad foi substituído por Muhyiddin Yassin, e mais tarde por Ismail Sabri Yaakob.
* AFP