Onze pessoas, a maioria crianças, morreram e seis ficaram feridas após um incêndio registrado na madrugada desta terça-feira (25) em uma escola para deficientes visuais em Uganda, enquanto os alunos dormiam, informou a polícia.
"A causa do incêndio é desconhecida, mas até o momento confirmamos 11 mortes e seis pessoas em estado crítico", afirmou a polícia no Twitter.
A tragédia ocorreu nesta terça às 01h00 da madrugada (19h00 de segunda, no horário de Brasília). O incêndio atingiu a escola Salama para cegos no distrito de Mukono, a leste da capital Kampala.
A polícia anunciou uma investigação para determinar a causa do incêndio.
"A maioria dos mortos são crianças", disse à AFP o general Kahinda Otafiire, ministro de Assuntos Internos.
"Nossos mais profundos pêsames às famílias dos falecidos (...) vamos investigar as causas do incêndio e, caso existam culpados, serão presos", acrescentou.
O diretor da escola, Francis Kirube, afirmou que as chamas se espalharam para os dormitórios enquanto as crianças dormiam.
Imagens feitas pela televisão ugandense mostraram o prédio carbonizado, mas em grande parte ainda de pé.
Uma equipe de especialistas forenses, vestidos com equipamentos de proteção, chegou à escola. Os pais, enquanto isso, se reuniram nas proximidades.
- "Está morto" -
"Não tenho palavras para descrever a dor que estou sentindo", declarou à AFP Richard Muhimba, pai de um menino que faleceu na tragédia.
"Eu o visitei no sábado, ele estava bem de saúde. Três dias depois está morto", declarou por telefone, inconsolável. Um amigo disse à AFP que o menino tinha 15 anos e quatro irmãos.
A escola foi construída em 1999 e atende crianças e jovens de seis a 25 anos.
A princesa Anne, irmã do rei Charles III, visitaria a escola na sexta-feira, como parte de uma viagem pelo 60º aniversário de independência de Uganda do Reino Unido.
O país do leste da África registrou vários incêndios em escolas nos últimos anos.
Em novembro de 2018, 11 crianças morreram e 20 sofreram queimaduras graves em um incêndio em um internato no sul do país.
Em abril de 2008, 18 alunas e um adulto morreram em outro incêndio no dormitório de sua escola, em uma cidade localizada a cerca de 30 quilômetros da capital.
Em março de 2006, ao menos 13 crianças morreram e várias ficaram feridas em outro incêndio declarado em uma escola islâmica do oeste do país. Em julho desse mesmo ano, seis crianças morreram em um incêndio parecido, no leste do país.
* AFP