A tensão diminuiu parcialmente no Chade, nesta sexta-feira (21), um dia após manifestações que terminaram com 50 mortos e a suspensão das atividades da oposição.
Os protestos ocorreram em diferentes cidades, além da capital N'Djamena, e deixaram "mais de 300" feridos, segundo o primeiro-ministro Saleh Kebzabo, que decretou um toque de recolher de 18h às 6h em várias localidades até o "restabelecimento total da ordem".
As manifestações foram convocadas pela oposição contra a prorrogação do período de transição política para um sistema democrático e a permanência no poder de Mahamat Idriss Déby Itno, chefe de uma junta militar.
A União Africana condenou "veementemente" a repressão às manifestações. A UE lamentou as "graves violações da liberdade de expressão e de manifestação que dificultam o processo de transição".
O general Deby, de 38 anos, chegou ao poder em abril de 2021, depois que seu pai, Idriss Deby Itno, morreu em uma operação contra rebeldes após três décadas dirigindo o país com mão de ferro.
A junta militar dissolveu o Parlamento e o Governo e prometeu "eleições livres e democráticas" após uma transição de 18 meses renovável apenas uma vez.
A história do Chade independente, colônia francesa até 1960, é marcada por golpes de Estado, tentativas de golpe e rebeliões.
* AFP