O exército ucraniano anunciou nesta segunda-feira (12) que retomou "mais de 20 localidades em 24 horas" como parte da contraofensiva para afastar o exército russo.
"A libertação de localidades que estão nas mãos dos invasores russos continua nas regiões de Kharkiv e Donetsk, no leste do país", afirmou o exército em um comunicado.
"Em toda a linha de frente, as forças ucranianas conseguiram expulsar o inimigo de mais de 20 localidades em 24 horas", acrescenta a nota.
"Durante sua retirada, as tropas russas estão abandonando de maneira apressada suas posições e fugindo", destaca o exército local.
A Ucrânia afirma ter retomado desde o início de setembro quase 3 mil quilômetros quadrados de território, principalmente na região de Kharkiv. No domingo (11), várias regiões do leste, norte, sul e centro do país sofreram cortes de energia elétrica, que as autoridades ucranianas atribuem a ataques russos.
Perto de Kharkiv, a central térmica número 5, a segunda maior do país, foi afetada, informou a presidência. O abastecimento de energia elétrica foi rapidamente restabelecido em algumas regiões afetadas.
Em Kharkiv, 80% do fornecimento de energia e de água foram restabelecidos, informou o vice-chefe de gabinete da presidência, Kyrylo Tymoshenko, nesta segunda-feira.
Como a Ucrânia está retomando terreno na guerra contra a Rússia
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Rússia admite avanços ucranianos
O governo da Rússia admitiu no domingo o avanço de tropas ucranianas no nordeste do país e indicou uma retirada de quase toda a província de Kharkiv após o governo da Ucrânia ter conseguido, no fim de semana, sua segunda maior vitória na guerra desde a retirada de Kiev, em abril.
A retomada de Izium, um ponto ferroviário estratégico, e de outras pequenas cidades da região provocou críticas à guerra até mesmo entre aliados próximos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. O fato pode indicar uma virada na guerra em favor da Ucrânia, a meses da chegada do inverno na região.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que se retirou das cidades de Izium e Balaklia e optou por se reagrupar em Donetsk, com o intuito de atingir as metas da chamada "operação militar especial" — nome que Putin dá à guerra.