O papa Francisco denunciou nesta quarta-feira (21) as "monstruosidades" e os "cadáveres torturados" na Ucrânia, onde está atualmente seu representante, o cardeal Konrad Krajewski.
— Gostaria de falar da situação terrível da Ucrânia, martirizada. O cardeal Krajewski viajou para lá pela quarta vez, está ajudando na região de Odessa (sul) e em seus arredores — declarou o pontífice após a audiência geral.
— Me falou sobre a dor do povo, a barbárie, as monstruosidades, os cadáveres torturados encontrados — disse Francisco.
O governo ucraniano anunciou na semana passada a descoberta de centenas de sepulturas em uma floresta perto da cidade de Izium (leste), recentemente retomada pelas forças de Kiev do exército russo, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, mencionou "novas provas de tortura" em Izium, onde "o processo de exumação prossegue". A Rússia negou as acusações, e o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, as chamou de "mentiras".
O papa Francisco tenta estabelecer um equilíbrio delicado entre a condenação de uma guerra "cruel" e a manutenção do diálogo com Moscou.