A Letônia demoliu um monumento da era soviética em sua capital Riga nesta quinta-feira(25), apesar dos protestos da minoria russa do país báltico.
Vários guindastes foram encarregados de demolir o monumento, um memorial da Segunda Guerra Mundial de 79 metros de altura, que se tornou um ponto de encontro para os apoiadores do Kremlin na Letônia, observou um jornalista da AFP.
A Letônia, como seus vizinhos Estônia e Lituânia, é membro da Otan e da União Europeia. Desde que a invasão russa da Ucrânia começou, o país - uma ex-república soviética como a Ucrânia - expressou forte apoio a Kiev.
Erguido em 1985, quando a Letônia ainda fazia parte da União Soviética, o chamado Monumento aos Libertadores da Letônia Soviética e Riga dos Invasores Fascistas Alemães era composto por estátuas de soldados e uma mulher ao redor de um obelisco.
As autoridades decidiram derrubá-lo após uma votação no Parlamento a favor da remoção de todas as estátuas, placas e baixos-relevos da era soviética até meados de novembro.
A comunidade de etnia russa da Letônia, que representa 30% da população, protestou contra sua demolição.
Todos os anos, milhares de pessoas dessa minoria se reuniam em 9 de maio neste memorial para lembrar a vitória soviética sobre a Alemanha nazista em 1945.
Muitos letões identificam este monumento com a época em que o país foi anexado à União Soviética, situação que durou até 1991.
Um grupo de ativistas tentou explodir o monumento em 1997, mas as bombas detonaram antes da hora, matando duas pessoas.
* AFP