O ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan, acusado de violar a lei antiterrorista de seu país, foi liberado após o pagamento de fiança nesta quinta-feira (25), informou uma fonte de seu partido.
A decisão, emitida por um tribunal antiterrorista, permitirá que Khan continue convocando manifestações em todo o país para exigir eleições antecipadas.
A audiência do ex-premiê na justiça é o episódio mais recente de vários meses de disputas políticas que começaram em abril, quando Khan foi destituído por uma moção de censura no Parlamento.
Desde então, Khan organizou manifestações no país contra o governo liderado por Shehbaz Sharif que, segundo o ex-chefe de Governo, chegou ao cargo de primeiro-ministro do Paquistão graças a uma "conspiração" organizada pelos Estados Unidos.
A decisão do tribunal não estava disponível, mas Khan foi beneficiado por uma "liberação provisória" até 1º de setembro, informou Fawad Chaudhry, ex-ministro da Informação e dirigente do partido 'Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI).
"Não estamos satisfeitos com a decisão. O tribunal deveria ter anulado o caso", acrescentou.
Khan e outros líderes de seu partido se tornaram alvos de acusações desde que o político foi expulso do poder.
As denúncias mais recentes contra Khan aconteceram após suas declarações durante um comício no fim de semana passado, quando criticou um magistrado por ter assinado uma ordem de detenção de um dirigente do PTI, preso há uma semana e que, segundo os líderes do partido, foi torturado.
Khan foi eleito em 2018, mas perdeu o apoio de parte do eleitorado com a crise econômica do país.
Durante seu mandato, os indicadores econômicos caíram e o Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu um programa de empréstimos de 6 bilhões de dólares, que o novo governo acaba de restabelecer.
Khan também perdeu o apoio do exército.
* AFP