O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe foi baleado na região ocidental de Nara nesta sexta-feira (8) — noite de quinta (7) no Brasil. Ele chegou a ser levado ao hospital em estado grave, mas acabou não resistindo aos ferimentos, informaram o canal público NHK e a agência de notícias Jiji. Abe foi atingido enquanto fazia um discurso em Nara.
Kishida ainda classificou o ato como "bárbaro" e "absolutamente imperdoável". Um homem de 40 anos foi preso por tentativa de homicídio, e uma arma teria sido confiscada, informou a rede pública NHK, citando fontes policiais.
O ex-primeiro-ministro discursava em um comício no momento em que foi atingido. O evento faz parte da campanha antes das eleições legislativas, que acontecem no domingo.
— Seja qual for o motivo, um ato bárbaro como esse não pode ser tolerado e o condenamos veementemente — disse o chefe de gabinete japonês Hirokazu Matsuno.
Conforme a mídia local, pessoas que estavam no evento relataram que o homem chegou por trás, e mais de um tiro foi ouvido.
— Eu estava fazendo um discurso e um homem veio por trás — disse uma jovem que estava no momnto à rede NHK — O primeiro tiro parecia um brinquedo. Ele não caiu, mas depois houve um estrondo alto. O segundo tiro era mais visível, você podia ver o estrondo e a fumaça — acrescentou.
O general Nakatani, conselheiro do primeiro-ministro Fumio Kishida, disse a repórteres que "o terror e a violência nunca podem ser tolerados", segundo a agência Jiji. O governo anunciou a criação de um grupo de trabalho após o incidente.
Abe, o primeiro-ministro mais antigo do Japão, governou o país em 2006 por um ano, depois voltou ao poder entre 2012 e 2020. Ele era um conservador linha-dura que promoveu a revisão da constituição pacifista do Japão para reconhecer os militares do país e permaneceu politicamente relevante mesmo depois de deixar o cargo.