Correção: o ato de Los Angeles foi realizado na quarta-feira (8) e não nesta quinta-feira (9), como informado entre 11h26min e 19h18min de 09/06/2022 no texto e na legenda da imagem que ilustra esta reportagem. Texto e legenda foram corrigidos.
Atos realizados em Londres e em Los Angeles pediram respostas para o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Ambos sumiram no Vale do Javari, no Amazonas, e não são vistos desde o último fim de semana.
Na capital do Reino Unido, amigos e familiares de Phillips realizaram um protesto nesta quinta-feira (9) em frente à Embaixada do Brasil. Segurando rosas vermelhas e cartazes com imagens dos desaparecidos, o grupo pediu que o governo brasileiro acelere as buscas pelos dois.
Veículos com mensagens também foram posicionados no local. No ato, representantes do Greenpeace questionaram a lentidão das buscas e pediram mais recursos, como helicópteros.
Já em Los Angeles, na quarta-feira (8), duas caminhonetes exibindo mensagens e imagens circularam pela cidade. Os veículos também devem ser colocados em frente ao local onde ocorre a Cúpula das Américas — que terá a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Carta aberta
Nesta quinta-feira, jornalistas de diversos veículos de comunicação, de diferentes países, divulgaram uma carta aberta em que cobram Bolsonaro e pedem que autoridades brasileiras "intensifiquem urgentemente" as buscas.
"Pedimos que intensifiquem com urgência e recorram totalmente ao esforço para localizar Dom e Bruno, e que forneçam todo o apoio possível às suas famílias e amigos", diz trecho da carta.
Liderados pelos jornais The Guardian e The Washington Post, dois veículos para os quais Phillips trabalhou como correspondente, editores de pelo menos 20 grandes organizações de mídia e liberdade de imprensa assinaram a carta. O texto também foi endereçado aos ministros da Defesa e das Relações Exteriores do Brasil.
"Escrevemos para expressar nossa extrema preocupação com a segurança e o paradeiro de nosso colega e amigo Dom Phillips, e Bruno Araújo Pereira, com quem Dom estava viajando. Dom é um jornalista respeitado globalmente, com um profundo amor pelo Brasil e seu povo. Como editores e colegas que trabalharam com Dom, agora estamos muito preocupados com relatos do Brasil de que os esforços de busca e resgate até agora têm recursos mínimos, com as autoridades nacionais demorando a oferecer assistência mais do que muito limitada", sinaliza o texto.