O G7, que reúne as economias mais avançadas do planeta, concordou nesta quinta-feira (7) em impor novas sanções contra a Rússia pelas "atrocidades cometidas pelas forças armadas russas" contra civis na Ucrânia.
"Proibimos novos investimentos em indústrias-chave da economia russa, incluindo energia", indicam as potências do G7 em um comunicado, que também anuncia "sanções adicionais contra o setor de defesa russo" e "elites e seus parentes" que apoiam a guerra iniciada pelo presidente russo Vladimir Putin contra a Ucrânia.
As proibições de exportação de certos bens serão estendidas, assim como as sanções contra bancos e empresas públicas russas, de acordo com o texto.
Enquanto um embargo às importações de energia não é considerado nesta fase, os países do G7 querem "avançar" nos planos para reduzir sua dependência da energia russa, que incluem, entre outros, "uma saída gradual do carvão russo".
O grupo das sete grandes potências também pediu, nesta quinta-feira, a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que a Assembleia Geral da ONU adotou à tarde.
Dos 193 países membros da Assembleia Geral, 24 votaram contra essa suspensão — a segunda na história da ONU, após a Líbia em 2011 — iniciada pelos Estados Unidos. E 58 países se abstiveram — entre eles, o Brasil. Mas as abstenções, uma escolha denunciada por Kiev, não foram levadas em conta na maioria de dois terços exigida entre os votos a favor e contra.