O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira (8) um decreto proibindo a importação e exportação de matérias-primas para a Rússia até o fim deste ano. A medida foi divulgada horas após presidente norte-americano, Joe Biden, anunciar a proibição da importação de petróleo russo pelos Estados Unidos.
Segundo a agência russa de notícias Interfax, a lista de produtos e países que serão afetados será elaborada em até dois dias. De acordo com o canal CNN, a lista dos produtos que serão restritos e/ou proibidos também não foi definida pelo governo russo. A nova medida não se aplica a produtos transportados pela população através das fronteiras.
Mais cedo, a Rússia havia ameaçado cortar o fornecimento de gás natural à Europa pelas sanções após a invasão da Ucrânia. A Rússia é o maior exportador de óleo e gás natural do mundo.
A proibição de exportação de petróleo russo deverá atingir todos os países da lista de nações consideradas hostis pelo Kremlin, como os 27 integrantes da União Europeia, Japão e Austrália. O Brasil está fora da lista. Especialistas dizem que o país poderá até ter algum benefício na crise exportando produtos que serão proibidos a outros países.
De acordo com o presidente americano, Joe Biden, o embargo ao petróleo russo tem como objetivo aumentar as sanções impostas à Rússia e "lançar mais um duro golpe" contra o presidente Vladimir Putin.
A decisão, segundo Biden, foi tomada "em estreita coordenação" com os aliados dos EUA. Após a proibição, o preço do barril disparou e passou dos US$ 130.