A variante ômicron, que infecta as pessoas em um ritmo que o mundo não via desde o início da pandemia de covid-19, "continua sendo um vírus perigoso", embora provoque sintomas menos graves, alertou nesta quarta-feira (12) o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Embora a ômicron cause sintomas menos graves do que a delta (que até agora era a variante dominante), continua sendo um vírus perigoso, especialmente para quem não está vacinado", disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.
A variante, que foi identificada pela primeira vez no sul da África no fim de novembro de 2021, espalhou-se rapidamente em todo o mundo.
Os sintomas menos severos - especialmente para as pessoas totalmente vacinadas e com dose de reforço - do que os da delta fazem alguns pensarem que se trata de uma doença benigna.
Porém, "mais transmissão quer dizer mais hospitalizações, mais óbitos, mais pessoas que não podem ir trabalhar, inclusive professores e pessoal sanitário, e mais risco de que surja uma outra variante mais transmissível e mais mortal do que a ômicron", disse o diretor da OMS.
"Não é uma doença benigna, é uma doença que podemos prevenir com vacinas", ressaltou Michael Ryan, encarregado de situações de emergência da OMS.
"Não é o momento de desistir, de baixar a guarda, não é o momento de dizer que é um vírus bem-vindo, nenhum vírus é bem-vindo", advertiu.
Alguns pensam que a ômicron e seu elevado nível de transmissão pode substituir as variantes mais perigosas e transformar a pandemia em uma doença endêmica, fácil de combater.
* AFP