Milhares de georgianos protestaram em Tbilisi nesta terça-feira (21) para exigir a libertação do ex-presidente e agora líder da oposição Mikheil Saakashvili, que os médicos dizem ter sido "torturado" na prisão.
Antes de se reunirem em frente ao Parlamento, os manifestantes marcharam pela capital georgiana com cartazes que diziam: "Liberte Saakashvili!".
Durante o protesto, Nika Melia, o presidente do Movimento Nacional Unido (MNU), o partido do ex-presidente, ameaçou iniciar uma "greve de fome massiva" para exigir a libertação de Saakashvili.
Não se sabe ainda, porém, quantas pessoas pretendem participar da greve, que supostamente acontecerá em frente à sede do partido.
Presidente da Geórgia entre 2004 e 2013, Saakashvili foi preso em 1º de outubro, logo após seu retorno da Ucrânia, onde estava exilado.
Em protesto contra sua prisão, Saakashvili se recusou a comer por 50 dias. Ele considera que sua detenção tem motivação política.
O líder, que é pró-Ocidente, voltou a se alimentar após ser transferido, no dia 20 de novembro, para um hospital militar em Gori (leste), depois que um grupo de médicos alertou que sua vida corria perigo.
No sábado, um conselho independente de médicos disse que o político sofria de graves distúrbios neurológicos devido às torturas e maus-tratos que sofreu na prisão.
A prisão de Saakashvili alimentou a crise política no país, agravada por denúncias de fraude nas eleições legislativas do ano passado. Também gerou a maior manifestação antigovernamental em uma década.
O protesto desta terça-feira coincide com o 54º aniversário de Saakashvili.
* AFP