A Embaixada dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (22) que três estrangeiros residentes no Brasil — dois egípcios e um libanês — foram incluídos em uma lista de sanções econômicas do governo norte-americano. A decisão foi tomada devido à suspeita de envolvimento dessas pessoas com a organização terrorista Al Qaeda.
De acordo com a assessoria de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos, os três estrangeiros teriam patrocinado ou oferecido apoio financeiro, tecnológico, de bens ou serviços à organização terrorista. Além disso, segundo o governo norte-americano, um deles atuava também como informante da Al Qaeda, o outro era responsável pela impressão de moeda falso e o último atuava como agente facilitador da organização.
Como consequência, os envolvidos foram adicionados em uma lista de bloqueio de eventuais bens e interesses. A ação faz parte de uma ordem executiva de combate a organizações criminosas e redes de tráfico de drogas internacionais que foi assinada pelo presidente Joe Biden no dia 15 de dezembro.
Segundo Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) dos Estados Unidos, as medidas contra os supostos agentes estrangeiros da Al Qaeda suspeitos de envolvimento na organização no Brasil ajudarão a negar o acesso da Al Qaeda ao setor financeiro formal. A medida também impedirá a geração de receita para o apoio das atividades criminosas do grupo.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos já designou 10 indivíduos e 15 entidades em quatro países como envolvidos em atividades ou transações que contribuem com a proliferação internacional de drogas ilícitas ou seus meios de produção. Foi incluída na lista a facção criminosa brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Embaixada dos Estados Unidos em Brasília confirmou, em entrevista para o portal G1, que é a primeira vez que uma quadrilha brasileira entra na lista. O governo do Brasil foi informado da medida pelas autoridades norte-americanas.
Assim que os suspeitos ou entidades são adicionados na lista, os bens e interesses em propriedade que estão nos Estados Unidos ou na posse ou controle de norte-americanos serão bloqueados e reportados ao OFAC americano. Além disso, há o bloqueio de todas as entidades que sejam de propriedade direta ou indiretamente em 50% ou mais de uma ou mais pessoas citadas.