O secretário de Estado americano, Antony Blinken, reiterou neste sábado (20) que os Estados Unidos estão "muito preocupados" com as ações e com as declarações da Rússia em relação à Ucrânia, onde as tensões crescem.
"Estamos muito preocupados com as atividades militares pouco habituais da Rússia na fronteira com a Ucrânia. Estamos realmente preocupados com algumas expressões que temos visto e ouvido da Rússia e nas redes sociais", declarou Blinken à imprensa em Dacar, última etapa de sua viagem pela África.
Blinken disse que sua preocupação é "amplamente compartilhada" pelos aliados dos Estados Unidos, mas não comentou se a Inteligência americana acredita que o presidente russo, Vladimir Putin, deseje tomar territórios ucranianos.
"Não sabemos quais são as intenções do presidente Putin, mas sabemos o que aconteceu no passado. Conhecemos a estratégia que consiste em fazer ilusórias provocações da Ucrânia, ou de outro país, e usá-las como desculpa para os planos da Rússia", disse Blinken.
Ele se referia à crise ocorrida em 2014, quando a Rússia, após a queda do governo ucraniano pró-Ocidente, anexou a península da Crimeia.
Desde então, a região de Dombass (leste da Ucrânia) é palco de uma guerra que deixou mais de 13.000 mortos entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos. Estes últimos são acusados de terem apoio militar russo, algo negado pelo Kremlin.
Na quarta-feira (17), Putin acusou as nações ocidentais de aumentarem a intensidade do conflito na Ucrânia, apoiando manobras no Mar Negro e lançando bombas perto de suas fronteiras.
* AFP