O incêndio Dixie, no norte da Califórnia, cresceu ainda mais de proporção durante a noite de sábado (7) e se tornou o segundo maior incêndio florestal na história do Estado, disseram as autoridades neste domingo (8). No início da manhã, o fogo havia destruído 187.562 hectares, um aumento em relação ao dia anterior, quando 181.187 hectares haviam sido devastados.
O fogo agora cobre uma área maior do que a cidade de Los Angeles e aproximadamente do tamanho da ilha havaiana de Maui. O Dixie é o maior incêndio florestal ativo nos Estados Unidos.
As chamas deixaram três bombeiros feridos no sábado. As equipes estimam que o fogo, iniciado em 13 de julho, não será extinto antes de 20 de agosto. Os ventos fracos e o aumento da umidade ajudaram os bombeiros, que ainda assim se preparam para as altas temperaturas dos próximos dias, que devem ultrapassar os 38°C no meio da semana.
Milhares de moradores fugiram do local e muitos encontraram acomodações temporárias - vivendo até em barracas - na região, muitas vezes sem saber se suas casas se salvaram. No sábado, o gabinete do xerife do condado de Plumas disse ter recebido relatos de cinco pessoas consideradas desaparecidas em Greenville e que estavam realizando buscas. Mais tarde, foi confirmada a descoberta de outros cinco desaparecidos.
O incêndio Dixie já destruiu 404 estruturas e devastou a histórica cidade de Greenville. A CalFire afirmou que enviou equipes em um esforço para salvar casas nas cidades de Crescent Mills e Hunt Valley.
No fim de julho, o número de hectares queimados na Califórnia aumentou mais de 250% desde 2020, que já havia sido o pior ano de incêndios florestais na história moderna do Estado. Uma seca prolongada que, segundo os cientistas, é causada pela mudança climática, deixou grande parte do oeste dos Estados Unidos ressecado e vulnerável a incêndios altamente destrutivos.