Dezesseis pessoas morreram em uma emboscada no leste da República Democrática do Congo por suposto membros do grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF), apresentado pela organização extremista Estado Islâmico (EI) como sua filial na África Central, informaram nesta sexta-feira fontes administrativas e médicas.
"A emboscada aconteceu na quinta-feira à noite no cruzamento de Maimoya e Chani-chani, onda a cada quinta-feira é organizado um mercado. Temos 16 corpos no necrotério do hospital geral de referência de Oicha", declarou à AFP Nicolas Kikuku, prefeito da cidade.
As vítimas retornavam do mercado. "São 15 adultos, seis mulheres e nove homens, além de uma criança, todos mortos a tiros", afirmou à AFP o médico Jérôme Munyambethe, diretor do hospital de Oicha. "No momento tentamos estabilizar nove feridos", completou.
A emboscada aconteceu na altura da localidade de Maimoya, a 40 km da cidade de Beni, na província de Kivu do Norte.
Esta província e a vizinha Ituri se encontram em estado de sítio desde 6 de maio para lutar contra os grupos armados que aterrorizam os civis. O presidente Félix Tshisekedi substituiu as autoridades civis por oficiais do exército e da polícia.
A princípio, rebeldes muçulmanos ugandeses, as ADF se estabeleceram há mais de 30 anos no leste da RDC, de onde não atacam há muito tempo a vizinha Uganda.
ADF são os mais violentos de centenas de grupos armados ativos no leste da RDC e acusados de massacres de civis que deixaram pelo menos 6.000 mortos desde 2013, segundo um balanço do episcopado congolês.
Desde abril de 2019, alguns ataques das ADF são reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
* AFP